Por atravessar o esquecido e o silencioso no mais gelado momento da aurora
Pelas mentiras contadas pelas horas, minutos, e segundos
Pela paciente espera calejada de vazios
Pelo medo pregado na pele e derramado como sangue mundo afora
Pela sagacidade dos olhos em busca do amanhã interminável
Pela luz opaca e borrada que desperta os anseios
Pela infindável sabedoria de uma meia-vida
Por toda meia poesia refletida na completude de uma falta
Pela inconstância inscrita em ataraxia
Por meu eu, inteiro, dividido, de-vida-em-vida
Pela confusa certeza de um amor irreparável.
Madu, de algum lugar depois do dia 04/02/2024.