querer um nome diferente para a angústia, dizer que é um tempo diferente do real, sentir os segundos ferindo a pele
mascarando um desconforto atemporal entre os meses que arrastam o peso do agora.
onde foi que eu me perdi?
sem palavra nem texto, sem nexo, sem.
esmagar a mente temendo o abandono da arte, via perfeita de dor, veia imperfeita — escrita com meu sangue.
onde larguei minha poesia?
seguir andando pisando em cacos do vidro dos meus olhos
olhando sempre para trás
porque tudo começa pelo começo.
A, angústia.